Olá Alexandre. Desculpe-me pela demora em comentar seu post. Essa dúvida é muito recorrente e de difícil resposta pois envolve vários níveis de interesse. Eu não conheço o MusicNotes mas suponho que eles tenham algum tipo de acerto com as entidades ligadas ao copyright, eximindo artistas desse tipo de obrigação, como acontece com o youtube. Mesmo assim, a única forma de se ter total certeza sobre como essa engrenagem funciona seria entrando em contato com o ECAD ou com as sociedades de direitos autorais como Abramus, UBC, SICAM, AMAR, etc. Eles devem ter essa informação bem precisa para te passar.

Olá Alexandre. Espero que vc tenha bastante sucesso nessa transição. A carreira de músico profissional é muito viável mas há de se ter muita disciplina e clareza de objetivos. Como vc deve ter observado em meu curso, eu procuro deixar claro que não há um caminho pré-estabelecido para esse tipo de carreira. Somos nós que criamos esses caminhos. O amor à música e ao nosso instrumento é o que nos inspira a seguir em frente. Boa sorte!

Oi Gabriel. O contato do computador com o "mundo exterior" é a interface. Apenas ela fica conectada ao computador via cabo de transferência de dados (USB, Firewire ou Tunderbolt). Quando vc conecta um instrumento ou microfone, vc entra pelo input da interface, também conhecida como "placa de som". A saída do som para amplificadores ou mesa de som também está na interface. Em resumo, o som entra e sai pela interface, é processado dentro do computador é devolvido para a interface já processado e ela joga o som pela saída. As conexões de entrada e saída estão na interface. Esse processo pode gerar um "delay" entre o que vc toca e o que vc ouve devido ao processamento e transferência de dados. Para diminuir esse atraso, não use plugins pesados, de alta demanda de processamento e procure usar uma placa com conexão de mais alta velocidade como o tunderbolt.

Aí eu não tenho certeza. Ouvi dizer que arranjo não é protegido, mas como te falei, apenas ouvi dizer. No site do ECAD, vc pode pesquisar essas informações

A obra autoral entra em domínio público após 70 anos contados do primeiro dia do ano subseqüente da morte do autor.

Acho que o caminho mais curto é entrar em contato com o ECAD. Eles devem te pedir a lista das músicas a serem gravadas e te devolvem uma outra com as respectivas editoras e aí então vc entra em contato e negocia diretamente.

Oi Adriano, Sempre que vc usa a obra de outro autor com a finalidade de ganhos financeiros direta ou indiretamente, vc deverá pagar direitos autorais. Há alguma tolerância quando esses arranjos são utilizados exclusivamente com fins didáticos. Mas é bom lembrar que essa flexibilidade para o caso didático não é claramente prevista pela lei.

Oi Jefrey. As gravadoras de música clássica preferem obras livres de direitos por motivos óbvios - o custo pode inviabilizar a produção. O procedimento é entrar em contato com o ecad e pedir uma lista das editoras que controlam as obras. Com a lista em mãos, vc entra em contato e eles te passam o orçamento. O custo não é baixo, especialmente no caso de artistas consagrados. Em alguns casos vc deverá fazer contato direto com o artista. Boa sorte!

Oi Fabricio Oi Fabricio Se vc não compõe mas gosta de acompanhar e fazer arranjos, acho que vc deveria fazer um curso de arranjo antes de mais nada. Um arranjador ainda é bastante solicitado no mercado, principalmente quando atua também como produtor musical. A maioria dos artistas populares necessitam do suporte de arranjadores e produtores musicais. Eu mesmo contratei arranjadores para algumas de minhas produções para escreverem arranjos de cordas ou metais, por exemplo. Apesar de eu ter alguma noção na área, prefiro entregar a bola para o craque marcar o gol (rs). A área do arranjo também exige muito conhecimento e treino mas é diferente do preparo do instrumentista, que ao meu ver tem um cotidiano muito escravizante fisicamente. Isso favorece os seus planos de manter a música como uma profissão secundária, já que não precisaria das horas diárias de técnica, por exemplo. Mesmo assim não se iluda. A competência exige sempre muito trabalho.

Claro! Vc já tem tudo. Tenho certeza que vai ficar ótimo!

Caro Pablo. Para um espaço de 25 pessoas vc precisa apenas de um pequeno impulso no som de seu violão. Acho que o microfone seria a melhor opção pois o som é mais natural. Para melhores resultados, lembre de não aponta-lo para a boca e sim para o braço, para evitar graves excessivos. Para caixas há algumas opções mas vou mencionar duas que me parecem mais adequadas ao seu caso: 1) Um bom amp para violão com Phantom power. Há alguns no mercado. O melhor que conheço é o AER, mas é caro. A Roland faz um bem razoável, o AC 60 . Amps para violão são ótimas opções para ensaios e concertos pequenos, mas os bons são caros. 2) Uma caixa amplificada. Nesse caso vc precisará de um pré externo com phantom a não ser que a caixa já venha com um. Tem que dar uma pesquisada nas opções. Caixas amplificafas tem margens de preço mais elásticas mas vc vai precisar de equipamentos acessórios. Uma solução barata seria ter um phantom e um pedal equalizador da boss por exemplo, assim vc consegue amplificar e corrigir problemas. Em ambas soluções eu não apontaria o falante para a platéia mas sim para a parede atras de vc. O som reflete na parede e se espalha mais uniformemente pelo espaço dando um efeito mais natural e envolvente. Vc e a plateia estarão escutando o mesmo som que vem de todos os lados.

Valeu, Aroaldo. Precisando estou por aqui!

Oi Aroaldo As pesquisas para mestrado e doutorado não precisam estar relacionadas à performance. Tenho visto muitas pesquisas abordando aspectos estéticos, estilísticos e até históricos, que são muito apreciados na academia. Não sei a regra em todas as universidades, mas me parece que na grande maioria, no Brasil e até no exterior, "não há" a necessidade de vc ter graduação, mestrado e doutorado na mesma área. No seu caso, o seu mestrado em Educação lhe daria condições burocráticas para tentar um doutorado em música. Acho que o maior desafio, no seu caso, seria fazer a prova de ingresso ( que na Unicamp, por exemplo, é bem difícil) e ter um projeto convincente para os responsáveis pela área, que irão te avaliar. Se cabe uma sugestão, um projeto em Educação Musical, seria muito bem visto, já que vc tem um mestrado na área e aplicaria os conhecimentos já adquiridos na área musical. A universidade pública no Brasil ainda privilegia muito mais a pesquisa do que a performance. Uma pesquisa em Educação Musical tende a ser um golaço! Se vc quer se aproximar da academia, vá em frente. Como mencionei no curso, a academia é um dos pouquíssimos caminhos já estabelecidos e sólidos na carreira musical.

Oi Waldir. Talvez fosse o caso de vc lançar mão do aspecto poético. A lingua espanhola é um forte elo entre os dois compositores. O fato de serem latino americanos também. Apesar de os estilos serem um tanto quanto distantes, ambos tem o cordão umbilical ligado de alguma forma à Tárrega por força do período em que atuaram, aliás aqui outro ponto em comum. Eles viveram na mesma época, e ainda ouviram falar de um Tárrega vivo. Acho que dá pra explorar essa temática.

Oi João Lucas. Vou responder primeiro a pergunta feita diretamente a mim. O trabalho com a Gal Costa foi decorrente de uma indicação do Marco Pereira que tinha sido o diretor musical dela durante anos e estava passando o bastão. E já tinha acompanhado muita gente, cantores e músicos, alguns famosos outros não, portanto tinha bastante experiência no ramo. Tocar com a Gal foi muito bom por vários motivos: 1) Sempre fui fã dela e participar da banda foi uma honra. 2) Toquei ao lado de músicos incríveis como Luizão Maia (o lendário baixista), Paulinho Calazans (teclados), Armando Marçal (percussão - lenda também), Jurim Moreira (bateria), Cidinho Moreira (percussão) e Paulo Bellinati (o diretor artístico e parceiro violonista). 3)Minha permanência na banda foi curta mas tive a oportunidade de ir com ela e o Olodum para alguns shows em Tóquio, onde até fizemos um programa de televisão com o Sadao Watanabe, Além de participar da reinauguração do Teatro Castro Alves em Salvador, onde tive a oportunidade de conhecer pessoalmente o João Gilberto. Resumo: foi uma experiência incrível onde aprendi muito e vivi muita música, além de conhecer o Japão. Fiquei pouco na banda pois logo depois da viagem ao Japão, minha agenda pessoal colidiu com a dela e tive que optar. Optei pela minha agenda, não por orgulho mas porque eu já tinha uma carreira desenvolvida e não fazia sentido eu interromper meu movimento que vinha muito bem na época. Em relação à pergunta feita aos músicos acompanhantes, como também já fiz parte desse time, posso dar meu relato. Acompanhar ao violão é uma das atividades mais comuns e naturais na vida de um violonista. Se vc é competente e convive com outros músicos de sua geração, os convites surgem naturalmente. Quanto mais vc se apresenta mais é notado e seu profissionalismo ( tocar bem, ter bons instrumentos, ter uma atitude educada, positiva e agregadora, participar com entusiasmo das apresentações e gravações, etc.) começa a chamar a atenção. O nível dos artistas a te fazerem o convite tende a subir e em pouco tempo vc estrá acompanhando pessoas de primeiro time. Para não fechar portas basta vc não causar problemas e trazer soluções. Seja um ponto de tranquilidade no grupo, apoie o artista principal, seja seu braço direito. Seja pontual nos ensaios e passagens de som, cuide do vestuário, seja independente. Vi muitas vezes músicos acompanhantes pedirem para que o artista passasse em sua casa para ajuda-lo a pegar seus instrumentos, ou exigirem o lanche durante uma passagem de som problemática, etc. Esses atitudes são um problema a mais no cotidiano do artista, portanto indesejáveis. Em meu trabalho solo já tive muitos músicos me acompanhando e sei bem o que é uma atitude negativa. Nunca chamei pela segunda vez alguém que me trouxesse um problema ao invés de uma solução.

Oi João. Não é muito difícil não. É uma questão de frieza e sinceridade. No fundo a gente sabe se está bom ou não. Alguns aspectos no entanto devem ser mantidos como protocolares. 1) Pense primeiramente na música e não na técnica. Eventualmente existem algumas impurezas mas se a música flui pode valer a pena relevar. 2) Não adianta dar um passo maior que a perna. Escolha um repertório dentro de seus limites técnicos. Dessa forma você pode tocar com leveza e expressividade e isso é o que realmente importa. Interpretar é o segredo. Técnica sem musicalidade não impressiona ninguém. 3) Não toque apenas para os violonistas. Sua música deve alcançar a todas as pessoas e a grande maioria não escuta música criticamente, mas emocionalmente. Esse é o pulo do gato. Toque bonito, expressivamente, com alma e o mais limpo "possível". Observe que " possível" aparece entre parêntesis porque vc tem de ir até onde dá pra ir. A musicalidade ( swing, interpretação, dinâmica, alma) é o mais importante.

Penso como vc, Lucas. Foi a fórmula que usei também. Ainda uso, na verdade. Acho que estamos sempre em movimento e temos sempre o que melhorar. O importante é perceber à partir de quando podemos dar o “start”. Eu uso uma tática que funciona bem. Quando tenho um projeto, eu gravo um rascunho e ouço como se não fosse eu, e jogo o mesmo senso crítico que aplico aos outros a mim mesmo. Quando percebo que está realmente de acordo com meus princípios , eu toco pra frente. Faço isso porque temos uma tendência de sermos muito compreensivos ou muito severos com nossas falhas. Ser a terceira pessoa ajuda muito no processo. Aliás gravar regularmente nossos próprios trabalhos para auto avaliação é um excelente exercício e revela aspectos muitas vezes inesperados. Por isso não gosto de pedir opiniões a amigos ou outros músicos. prefiro contar com meus próprios critérios. Amigos querem nos agradar e isso é reconfortante, mas não necessáriamente eficiente.

Oi Mateus. Primeiramente vamos pensar no termo "músico ruim". Para mim, músico ruim é aquele que não tem ritmo, canta mal, toca mal, ou seja, não é capaz de se utilizar da linguagem musical para se expressar com clareza. É muito importante que vc conheça a matéria que será a base de sua vida profissional. Isso não significa que vc deva ser um virtuose em seu instrumento, mas vc deveria sim, ter um domínio da linguagem musical mesmo que intuitivamente. Um músico deve se sentir à vontade com a linguagem musical, ou seja, tocar razoavelmente seu instrumento, ser afinado, ter um bom ouvido, ser criativo, etc. O tocar razoavelmente significa, atender às expectativas do estilo. Se vc for um cantor/ compositor, deve ser capaz de se acompanhar com competência suficiente para mostrar sua arte no campo escolhido. Se vc for da área instrumental, deve ter um respaldo técnico, teórico e harmônico muito maior. Seguindo esse raciocínio, um músico intuitivo e talentoso , mesmo sem saber teoria e harmonia, pode desenvolver uma carreira artística como compositor e/ou cantor popular, desde que tenha uma vivência musical consistente, Aliás é o que observamos em relação aos artistas famosos da música brasileira. Muitos cantam bem, compõem bem, se acompanham ao violão de forma bem adequada, sem serem virtuoses ou grandes conhecedores de teoria ou harmonia, nem terem técnica exuberante. No entanto esse pessoal tem muito talento e desenvolve um trabalho muito bom. Se vc não tiver uma formação consistente mas for um bom cantor/compositor, por exemplo, vc deve contratar músicos e arranjador/produtor para te ajudar a realizar o trabalho. É o que a maioria faz. Há no entanto os que fazem tudo, mas aí tem que estudar bem mais. É uma questão de escolha.